quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PERSÉPOLIS – DO LADO DE DENTRO



Questão:
É melhor gozar de liberdade em uma terra que não é sua ou resistir a um sistema opressivo mas no seu próprio país? Cartas para Marjane Satrapi.

Persépolis é a autobiografia desta escritora e desenhista iraniana nascida e criada durante a revolução que transformou o Irã em um país de regime xiita. Dureza contada com traços leves. Procure nas bancas, livrarias ou na Macedônia mais próxima.

Falando em Macedônia, me pergunto se um bom slogan para este tipo de estabelecimento comercial seria: Quem pode pode quem não pode se sacode. Vamos a ver. Mais será revelado.

Se o slogan não serviu para Macedônia, serve para Persépolis. Afinal, viver num lugar onde fumo, álcool, drogas, música e pornografia são proibidos e punidos com prisão e morte para falar o mínimo, deve ser da pesada.

Para nosso júbilo, a transa da moça foi reparar no humor e no amor que a vida oferece mesmo em seus momentos mais loucos. Aquele papo de amadurecimento, vocês sabem.

A volta por cima ao som de “Eye of the tiger” do Survivor é muito legal. Maneiríssimo.

O filme concorreu ao Oscar de melhor animação em 2008. Mas a academia se animou mais com Ratatouille. Que também é ótimo. Porém, Marjane existe. Na real.

Link rápido para um trecho do poema “A cidade” de Konstantin Kaváfis:

“Não encontrarás novas terras, nem outros mares.
A cidade irá contigo. Andarás sem rumo
Pelas mesmas ruas. Vais envelhecer no mesmo bairro,
Teu cabelo vai embranquecer nas mesmas casas.
Sempre chegarás a esta cidade. Não esperes ir a outro lugar,
Não há barco nem caminho para ti.
Como dissipaste tua vida aqui
Neste pequeno lugar, arruinaste-a na Terra inteira.”

Link mais rápido ainda: Manaus e os “Órfãos do Eldorado” de Milton Hatoum. É fogo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

APURAÇÃO

Meu Bloco preferido:




Melhor fantasia:



Vem na magia:

sábado, 21 de fevereiro de 2009

ONE DAY I FOUND A BIG BOOK

Michel Gondry conta que quando era criança, lá pelos seus doze anos, tinha um sonho recorrente. Volta e meia ele sonhava estar no quintal da própria casa e achava um livro com a história da vida dele até aquele momento. É o começo do clip de “Bachelorette” de Bjork.




Os delírios visuais de Gondry e Bjork são imbatíveis. Um exemplo clássico é “Army of me” que de tão excêntrico não dá pra encaixar em nenhuma categoria definida.




Agora, só pra fechar, se é que é possível fechar alguma coisa nesses dias de ruína e degeneração... “Hyperballad”:



Vai ter idéia boa assim lá em casa!

(No próximo post, dois do White Stripes e um mais clássico dos Chem Bros)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

JE VOUS SALUE MICHEL



Meu carnaval começou há mais ou menos duas semanas quando o DVD “The Work of Director – Michel Gondry” veio parar em minhas mãos. Me liguei imediatamente no trabalho do sujeito, não só por ele ter dirigido clips de bandas que eu considero bastante, mas porque o cara não faz menos que obras-primas.

O barato de Gondry é transformar as imagens em partituras musicais. “Around the World” do Daft Punk é um desses exemplos. Cada personagem do clip representa um instrumento ou um som da música e executa uma coreografia ajustada a este som. Até que no final, todos dançam juntos.

Ainda me lembro da alegria infinita que tive quando assisti pela primeira vez:



Outra coisa que espanta e seduz é a capacidade de Gondry traduzir sonhos. Vou enfileirar aqui três exemplos disso. O primeiro é “Everlong” do Foo Fighters. Nem tanto pela música, mas pela entrega dos rapazes em abraçar a idéia, ou ideia (ainda não me acostumei com isso.)

Vai aí o link, pois a “incorporação foi desativada” (parece papo de médium, haha)

http://www.youtube.com/watch?v=RpCr6Ojozz8

“Let Forever Be” – Chemical Brothers. O choque estético elevado a proporções estratosféricas. Aqui, alguns efeitos de edição foram construídos manualmente. Mistura de digital e película, confusão de sonho e realidade e mais uma vez a pessoinha dormindo. Isto sem falar nessa música que é muito generosa.



Ele explica melhor:




Eu gosto de “invisible transitions…”

“Sugar Water” – Cibo Matto. Bandinha boa essa. Ouvi muito. O clip, novamente o sonho e tudo. Mas aqui ele conta a história como um palíndromo...Aquelas frases tipo “Socorram-me subi no onibus em Marrocos” que tanto faz se você ler de trás pra frente, de frente pra trás...Porém, Infelizmente, não achei o Clip. Aliás, as coisas tão ficando meio ruins de achar no Youtube. Vai aqui uma apresentação bizarra, porém pungente, das meninas...



No próximo post, uma apreciação da parceria entre Gondry e Bjork.

INFORMAÇÃO CIRCULAR INFORMAÇÃO

boa noite pra quem é de boa noite
bom dia pra quem é de bom dia
a bença pra quem é de a bença

um espaço mais um espaço outro espaço é

livros, filmes, discos, alquimia e misticismo

Questão :
O ser humano é um incidente diplomático da natureza?

E me pego cantando sem mais nem porque:
"Im so bored with the USA" do CLASH.
Existe alguma coisa nessa banda
que me deixa comovido como o diabo

Deve ter sido por causa de um papo que eu tive ontem de que os norte americanos não conseguem sair da crise, do atoleiro. Os países não conseguem se solidarizar com o drama dos caras, as indústrias continuam demitindo e o que me faz pensar que esta vida é um grande...
YES, WE COULD.
O Brasil foi o único país que ofereceu ajuda:
Só o GUINDASTE CARVALHÃO pode levantar os Estados Unidos.

Quem dá luz a cego é bengala branca e Santa Luzia, ai ai meu Deus.

Sugestões de fantasias para se usar neste carnaval:
- Internet a um real
- Banheiro químico
- Púcaro Búlgaro
- Zé Pereira
- Lobão
- Bahuan
- Bial a um real

Questão caps:
DE ONDE VEM A CALMA?

Bonfá for dummies: